Um recente estudo, produzido pela empresa Push Pay com igrejas e divulgado no eBook Push Pay Digital Trend R4, aponta que o cenário de arrecadação nos Estados Unidos é preocupante. Entre 1980 e 2019, houve queda de 50% no volume das doações anuais. Em 1980, representavam 58% do total das doações de caridade. Hoje, o número é de 29%.
Olhando para o Brasil, somando a nossa crise, vejo nos pastores grande preocupação nesse ponto. As igrejas também tem perdido receita. Observo, e a pesquisa me ajudou a ter isso mais claro, que temos importantes fatores nessa queda. Alguns deles:
1. Digitalização;
2. Comportamento da geração de Millenials;
3. Falta de credibilidade e transparência.
A transformação do ritual do "momento do dízimo" em transações digitais fazem este tempo de adoração mais mecânico e mais calculado. Isso, de um lado, apresenta um aspecto menos emocional no ato da oferta. De outro lado, segundo a pesquisa americana, ajuda a baixar a recorrência das ofertas mesmo quando estamos vivendo tempos super tecnológicos.
A geração de Millenials é muito engajada em atividades sociais e, segundo a pesquisa, é até oito vezes mais suscetível a engajar-se em múltiplas doações, o que dispersa a arrecadação nas igrejas. E houve um claro aumento no número de ONGs e causas solicitando apoio e oferecendo melhores estruturas de acompanhamento dos valores. Vale pontuar que os Millenials são maioria da população nos EUA (74MM).
Por último, a pesquisa aponta que parte desta perda de arrecadação está baseada na sensação de falta de transparência com a gestão das receitas e aplicações dos recursos, bem como a crescente falta de credibilidade no conteúdo proposto por igrejas (falta do Evangelho verdadeiro).
Além de aderir a tecnologia, é preciso observar comportamentos sociais e a gestão de recursos e conteúdo. É preciso oferecer ciência, transparência e relevância para ter o comprometimento das pessoas. Tudo isso parece óbvio, para nós cristãos, mas é bom lembrar!
