Para quem me conhece, sabe que sofro com uma "leve" ansiedade e tenho diagnóstico de déficit de atenção (leve, mas tenho). Uma coisa está relacionada com a outra. E, com isso, tendo a sofrer mais com a tal da necessidade por organização, mesmo que ela seja caótica. Tendo lógica, acabo me achando e isso é libertador!
Tenho visto, ao longo do tempo e com a chegada da idade (ficando cada dia mais chato), que esse assunto é sensível e relevante para se construir jornadas de sucesso, para se alcançar objetivos e, principalmente, para deixar legados. As palavras governança, organização e processos nunca estiveram tanto na moda quanto nessa atual era pós-moderna e tecnológica que vivemos. Isso, porque, a inovação é, e sempre será, fruto de um processo estruturado com começo, meio e fim. Os grandes feitos, na maioria absoluta dos casos, são conhecidos a partir de ideias que geram estudos, que desembocam em desenvolvimento, que geram testes e, por fim, documentações que fazem o conhecimento se consolidar e ser possível de compartilhamento.
Esse tipo de pensamento encadeado e lógico também vale na comunicação. Já foi o tempo em que uma ideia era pensada de forma empírica, em um hiato silencioso durante uma meditação em frente ao mar. Vivemos na era da produtividade, inclusive na arte e comunicação. Hoje, a construção da comunicação, é feita de forma evolutiva, pensada, baseada muitas vezes em dados e desenvolvida de forma colaborativa, em vários canais e pontos de contato, Com isso, governança, organização e processos são peças chave para um bom resultado.
Em 2010, quando trabalhei na TV1.COM, tive a oportunidade de conhecer um executivo do mundo digital que, entre suas metas, tinha o objetivo (gigante) de fazer uma das principais construtoras do Brasil um negócio digital. Eles queriam vender mais e melhor por meio dos chats em que seus corretores duelavam cada clique. Como todo executivo do mundo da inovação, ele era agressivo nas tomadas decisão e super incisivo ao vender seus pensamentos, que muitos do meu lado do balcão não entendiam. Mas, contei toda essa história, pois aprendi com ela uma coisa: em primeiro lugar, se organize, monte um processo e uma governança que te ajude a inovar. Antes de criar, pensar na mídia que iria ser feita, ele brigou por organizar sua estrutura de equipe, seu processo para chegar nas metas e, por fim, a governança (quem mandava em quem, quem fazia o que que e quem reportava para quem).
Estruturar o contexto acalma o ambiente, clareia a visão do caminho e deixa claro o objetivo.
Criar uma campanha em resposta ao brief sabendo o porque daquele evento, com quais pessoas temos que falar e qual o objetivo daquela comunicação já é 80% da criação daquele job. Tendo claros, também, quem são os donos do job, quem aprova, como será o fluxo e o cronograma daquela ação é parte importantíssima da criatividade.
Esse cara, depois de cinco anos, virou um dos principais executivos de transformação digital da maior empresa de telefonia do Brasil e uma das principais vozes do assunto no mercado. Hoje, tem feito um trabalho que está sendo observado e copiado no mundo todo a partir de um pensamento estruturado de composição de equipe, somada a bons processos e metas tangíveis. Em 2017, tive a oportunidade de ser chefiado por ele e vi o que ele fazia, em 2010, acontecendo na prática em proporções estratosféricas.
Em resumo, esse post é para te encorajar a chegar em sua igreja e pensar em ações práticas. Como você pode organizar seu processo de trabalho? Quais medidas práticas fariam meu trabalho ser mais criativo, veloz e profundo? Para quem você responde? Como funciona a distribuição de atividades entre sua equipe (voluntários e full time)? Vale a pena controlar os trabalhos na igreja com ferramentas de projetos? Tenho um documento de brief? Quanto tempo preciso para criar uma banner? Quais fontes de pesquisa e inspiração tenho disponíveis? Qual seu horário de trabalho (tem sido respeitado0?
Os processos são parte fundamental da criatividade. Da qualidade da criatividade.
Pense nisso!
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