Nos últimos dias tenho enfrentado grandes e boas discussões acerca da construção ou do ideal das igrejas online. Além dessas conversas, também tenho levado esse questionamento, de forma sistemática, aos meus entrevistados no ChurchCOM Podcast. De fato quero ouvir opiniões, ouvir o contrapontos e outros pontos de vista a respeito deste assunto que parece estar entrando na moda e na pauta das igrejas. Ainda acho que renderá um livro no futuro! Mas existe igreja online? É possível fazer uma igreja online? Precisamos de igrejas online? O que fazemos hoje é igreja online?
A discussão é muito longa para este post e, por isso, vou me ater a última pergunta desta lista. O que as igrejas fazem atualmente é a tal igreja online que falamos? Resposta simples: não! O conceito de igreja online está colocado em nossas mesas a partir da premissa de que a igreja online é uma possibilidade de substituição do ambiente físico por comunidades estabelecidas 100% no ambiente digital, sem pretenção de estimular interações físicas (a princípio). E, de fato, o que fazemos hoje está longe de ser isso. E, confesso que, por agora, isso parece soar melhor. Hoje, por padrão, as igrejas ampliam seu alcance por meio do mundo digital com transmissões, coberturas de cultos ao vivo e presença em redes sociais. É para por aí.
Cenário posto. Isso é bom? O que fazemos hoje é o caminho? Temos que migrar para algum lugar? Acho que o que fazemos hoje, como igrejas, é bom sim. Estamos dispostos a ampliar o impacto do ambiente físico por meio de canais online, buscamos levar um pouco da experiência do culto para os que estão distantes. Mas, ao mesmo tempo, acho que estamos nos viciando na prática “do mais do mesmo” e deixando de fazer uma pergunta mais importante: “além de amplificar o que já fazemos no domingo, como posso me conectar com minha audiência com maior freqüência, mais tempo, mais qualidade, oferecendo mais conteúdo, ampliando os pontos de cuidado e em mais canais?”. Pergunta imensa, mas é aí que acho que a discussão de missão online das igrejas começa e, depois deste monte de questionamentos respondidos, talvez tenhamos a capacidade e a experiência para discutir se há ou não igreja online.
Há uma oportunidade muito grande nesse ponto. Como as igrejas criam oportunidade de falar com seus membros (e não membros) para além do domingo? Como as igrejas criam relevância a partir de um primeiro contato para um relacionamento digital?
De fato, hoje, o que temos é uma presença digital e só! Estamos bem longe da tal igreja digital ainda. E a oportunidade está colocada na mesa! Bora?

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