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Foto do escritorRodrigo Motta, ChurchCOM

Meu sobrinho sabe fazer!

Atualizado: 29 de jun. de 2020

Quando se trabalha com comunicação, essa frase é sempre super conhecida. Pior quando se fala em comunicação dentro da igreja. Há sempre o parente do pastor que "manja" muito de fazer sites, conhece "daquele programa" de fazer arte e, claro, há muitos "influencers digitais" disponíveis para dar aquele suporte. Já ouvi muito disso, principalmente quando falamos sobre horas de trabalho versus valores de uma proposta. Nada contra, principalmente quando estamos falando de uma realidade de pouca verba (maior parte das igrejas no Brasil), mas deixo a pergunta: "seu sobrinho realmente sabe fazer" comunicação e marketing à sério?


Ainda repercutindo o que ouvi lá no Big Idea Nashville (acho que tenho assunto para mais de mês), a diferença entre expectativa e entrega são muito grandes. Uma coisa é fazer aquele banner para o evento outra é pensar como aquele evento constrói o posicionamento da sua igreja e, também, quais são os melhores canais para falar com aquele público específico, qual a linguagem para tomar melhor proveito daquele conteúdo, não menos importante, qual será a cara de tudo isso. A diferença de uma cabeça mais estruturada para uma área de comunicação e a produção caseira, em linhas gerais, passa por esse raciocínio.


Uma igreja pode querer apenas fazer "display" de seu conteúdo, mas ela pode querer tornar real seu posicionamento em todas as suas manifestações de contato com seus membros e públicos alvo. Esta mesma igreja, quando muda seu pensamento do tático para o estratégico, entende que a comunicação é parte de seu trabalho missionário e deixa o sobrinho de lado para estruturar uma área formal com um líder com conhecimentos técnicos e time (voluntário ou full time). Isso muda o patamar da entrega e, consequentemente, melhora os resultados de suas ações.


"Uma igreja deveria funcionar como uma agência". Essa foi a frase que mais me impactou na conferência. Mas como? Funcionar como agência é pensar apenas como Business? Combina com uma igreja? Processos de agência são tangíveis na realidade das igrejas brasileiras? Funcionar como agência é ter planejamento, budget, metas?


Primeiro entendimento vindo dessa frase é o de que sim, é possível uma igreja (do ponto de vista de organização) funcionar como uma agência de publicidade. Esse entendimento começa quando vemos que a igreja precisa ter um posicionamento de branding/missão estruturado e formalizado. Também é possível quando cada área/ministério se estrutura a partir dessa missão, criando seus planejamentos, estruturando metas, calendários e budgets. Outro ponto é que, sim, é possível ver sinergia entre igrejas e agências, quando uma igreja busca excelência para o projeto de comunicação, criando processos, equipe e um time de voluntários que, realmente, entendem o que é fazer comunicação. Com isso, o sobrinho, só tem lugar se, realmente conhecer do riscado!


A realidade hoje é que as igrejas tem buscado se estruturar nessa área, pois entenderam que, para falar e fazer sentido em meio a essa chuva de informações, é preciso ter qualidade e coerência no trabalho de comunicação. Só para você ter uma ideia, a igreja Elevation, tem cerca de 30 pessoas trabalhando em suas redes sociais e a Brentwood Baptist Church, onde estive, tem 24 pessoas full time trabalhando para fazer a comunicação da comunidade funcionar (sem contar voluntários).


Escrevi demais hoje, mas - como neto, sobrinho e primo de pastores - posso te recomendar que, não descarte seu parente próximo que pode quebrar seu galho na comunicação do seu ministério. Mas te encorajo é buscar ajuda capacitada, com conhecimento prático do mercado e das técnicas que podem ser aplicadas em sua igreja. Não menos importante, essa pessoa "habilitada", precisa conhecer de igreja. Isso ajuda muito a colocar os pés nos chão!


Nos vemos no próximo post!



Photo by Hitesh Choudhary on Unsplash


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