Quando um ministério se torna uma plataforma
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  • Foto do escritorRodrigo Motta, ChurchCOM

Quando um ministério se torna uma plataforma

Atualizado: 29 de jun. de 2020

Ontem fiquei por quase duas horas em uma reunião em que, em boa parte do tempo, a conversa se desenrolou a partir do tema: falta de apoio. Falamos sobre ausência de conexão do ministério com "o todo da igreja", sobre problemas de treinamentos, conflitos de agenda, falta de voluntários e, por fim, sobre comunicação. Pois é, meu caro leitor. Um comunicador cristão fala "de um tudo", se mete em quase tudo e até na comunicação. Por quê estou falando isso? Estou te contando isso, pois a conversa foi ótima!


Na semana passa escrevi sobre sermos responsáveis por conectar as coisas na igreja e, sim, essa conversa me deu claramente a certeza de que é isso mesmo. Ouvindo aquela líder falar, comecei a pensar como a dor dela poderia se encaixar em ações institucionais ou de outros ministérios para que, a partir deste cenário, pudéssemos pensar ideias empoderadas, conectadas, conjuntas e coerentes. Unindo forças, tudo fica mais fácil.


Ok, mas você deve estar se perguntando como isso acontece na prática. Vamos lá.


Vamos falar sobre acessibilidade na igreja. Nossa igreja, fictícia, se propõe a ser a igreja mais acessível do Brasil em seu planejamento. Hoje, nessa igreja, há cinco ministérios isolados trabalhando para surdos, cegos, cadeirantes e crianças com deficiência. As agendas não se cruzam, os líderes não tem uma agenda integrada, os voluntários também não são os mesmos. Além disso, a liderança da igreja não conhece os serviços e, por conta dessa ausência de contato, não consegue gerar conteúdo e espalhar as informações de forma sistemática, organizada e natural. Literalmente um caos! Cada um distendendo a corda para um lado e dando passos tímidos para a frente.


Mas e se, partindo do objetivo da igreja de ser uma igreja acessível, criarmos uma plataforma de acessibilidade que produz ações, conteúdos e projetos de forma integrada e centralizada? E se fizermos um programa de capacitação para toda a igreja entender as limitações de cada nicho de atendimento como parte de sua missão? E se todos os conteúdos de comunicação da igreja fossem acessíveis para todos os nichos? E se o departamento infantil atendesse crianças com deficiência aos domingos para deixar seus pais terem um momento de culto? E se o ministério de missões não promovesse uma escola acessível?


E se todos se juntassem na missão de sermos uma igreja acessível? Será que assim o impacto da acessibilidade naquela região não seria mais poderoso? Será que a notícia desta atuação não seria melhor propagada?


Junto é melhor do que sozinho! Ter um bom plano é melhor do que muitos planos. Aglutinar é melhor do que dispersar. Pensar igreja é melhor do que pensar ministérios.


Fica aqui o meu convite para você olhar para sua igreja e pensar se não há uma oportunidade de criar plataformas de ações em que você consolide e empodere sua prática de ser igreja.



Photo by Toa Heftiba on Unsplash

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