Crente "Worship" ou Crente "Pentecostal"

Estava esses dias assistindo esse vídeo do canal "Tô Solto" e, para além de me identificar com os dois personagens (não me enquadrei em nenhum dos dois caminhos, diga-se de passagem), parei para pensar sobre esse cenário de fragmentação dos cristãos evangélicos. Somos muitos, mas cada vez mais segmentados por denominações, doutrinas, nichos, estilos, maneiras, roupas, cortes de cabelo, "sims e nãos" e etc.

Deixando as discussões teológicas e doutrinárias sobre esse caminho de fragmentação, imaginei que esse é um dos grandes problemas para desenvolver uma "comunicação do Reino". O ide descrito em Mateus me parece uma ordenança única, consolidada de pouca discussão de estilo. É para irmos e fazermos discípulos de Jesus a partir do amor ensinado e do "jeitão" que Ele apresentou nos dando, inclusive, o nome de "pequenos cristos" para nos lembrar que ser crente é ser como Jesus e não há muita variação nisso.

Como explicar Jesus para o não crente de uma maneira alinhada teológicamente? Como explicar o crente em Jesus de uma forma única? Aliás, somos vistos com qual estereótipo de crente por quem nos vê de fora? Quais signos, únicos, passamos? Existe uma persona do crente?

Claro que, como em trabalhos corporativos e seculares, podemos pensar o mesmo amaciante de roupas de formas diferentes se falarmos que estamos propondo aquele produto para públicos diferentes ou, até, para marcas concorrentes. Mas e o Evangelho? Não é único? Não deveríamos anuncia-lo de forma coerente, única e consistente? Jogando todo mundo para o mesmo lado (ide)?

Meu trabalho hoje é pensar como uma igreja fala com sua audiência, mas talvez - nessa conversa - queria levantar a possibilidade de haver uma plataforma institucional de evangelização que, até, poderia ser segmentada com linguagens de nicho mas, a mensagem, a mesma de forma inegociável.

No fundo, a pergunta que me fiz, ao ver esse vídeo, é se estamos promovendo o Reino ou personagens e instituições apenas. E aí?

Pensando.