Chamados para criar
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  • Foto do escritorRodrigo Motta, ChurchCOM

Chamados para criar

Atualizado: 29 de jun. de 2020

"No começo, Deus criou".

Estou começando, a partir deste post, uma série de textos em que quero abordar um pouco o assunto vocação dentro da área criativa, de comunicação e, por aí, vai. Parte porque vou conseguir dividir com você um pouco da minha crise existencial que me fez chegar até aqui: da comunicação secular para a comunicação cristã. Falo um pouco mais sobre esta crise no meu livro, Marketing Cristão, que você pode adquirir na Amazon.com.br (fim da seção merchandising).


Vivemos em um mundo que anda há muito tempo polarizado. Não é só de agora, com a questão política, que nós - crentes de berço - enfrentamos o duelo coxinha e mortadela, petralhas e bolsominions, Corinthians e palmeiras, do mundo e cristão! Vivo isso desde pequeno. "Essa música não é boa porque é do mundo". Quem nunca ouviu isso?


Essa histórica de separação da vida, entre sagrado e profano, promoveu uma crise de identidade em gerações de pessoas e, mais do que isso, criou uma crise existencial no discurso dos evangélicos. Por conta desta separação, ao longo do tempo, fomos abrindo mão de dialogar com a cultura, conversar com o "mundo", enfrentar as barreiras postas nas ruas. Estabelecemos uma igreja de crentes para crentes, ampliamos nossos muros e deixamos nossos dedos em riste para ressaltar tudo que não era de Deus! E, quando olhamos para a frase que sinaliza que o nosso Deus é o Deus Criador, me pergunto: e tudo não foi criado por Deus?


Óbvio que deturpamos muita coisa e, também, muita coisa não nos convém, mas quando pensamos em criação, beleza, estética, será que não devemos voltar para a nossa essência, que está no Criador, e entender que podemos - ou devemos - nos apropriar da criatividade, no mais profundo de seu significado, para utilizarmos em favor da missão de Jesus? Será que não devemos falar mais, melhor e de forma mais impactante com todo àquele que precisa ouvir mais sobre Jesus? Será que não podemos utilizar a estética sem abrir mão do conteúdo?  


Eu acho que sim para todas as perguntas.


O que não devemos é continuar polarizando a vida. Não devemos continuar fomentando um mercado "gospel" - da música às lingeries (pois é, isso existe!!!!) -  baseado na lógica de consumo e não na missão! Produtos, arte, música e um monte de penduricalhos "lado b" só para crente consumir. Afinal, não podemos ter coisas boas, o mundo é diabo...


O Deus Criador é o criador de tudo! Eles nos deu o "mundo" para sermos mordomos, para cuidarmos, para fazermos curadoria do que é bom, para co-criarmos com Ele o que vivemos e consumimos por aqui.


Então, crie, mas crie para o Rei! Pode ter certeza que as coisas vão fazer mais sentido, alcançar mais pessoas e, com certeza, serão muito melhores!



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