Não existe igreja online!
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  • Foto do escritorRodrigo Motta, ChurchCOM

Não existe igreja online!

Atualizado: 29 de jun. de 2020

Há quase cinco anos venho palestrando em igrejas, treinando equipes de voluntários e, há três anos, venho dedicando meu tempo integral a operar comunicação nas igrejas. Neste tempo fui aprimorando conhecimento, aperfeiçoando posicionamentos, mudando de opinião em muita coisa, mas a única convicção que não mudei um milímetro é com relação a afirmação de que NÃO EXISTE IGREJA ONLINE! Falo isso há cinco anos, inclusive como parte da minha defesa de pós graduação na FTSA sem o menor receio de errar A turma da geração milenial que me perdoe, mas não há como mudarmos isso: a igreja tem a ver como o amor tangível, o toque e o relacionamento de mais de uma pessoa em nome de Jesus. Uma tela não consegue mediar essa história.


Esse assunto voltou a minha pauta depois do podcast que gravei com o pastor Tomás Camba quando perguntei à ele se existia a possibilidade de acontecer uma igreja no universo online. De pronto a resposta foi não e me senti aliviado, pois sempre pesei isso. O evangelho foi perceptível a partir da presença física de Jesus entre nós, do toque de amor e de cura em pessoas (vide Mateus 8: 1-4; João 4) e a partir do caminhar do Eterno entre os discípulos Dele. Não há forma diferente de agir se não com Ele fez. Somos convocados a seguir seus passos (Atos 1: 8; Lucas 4: 18-19; Mateus 28: 16-20) e impactar pessoa a partir da palavra, do contato, do cuidador, do toque, do exemplo, do ouvir, do trocar, do receber, do amar.


Ok. Você deve estar se perguntando, mas porque você então fala da comunicação como missão? Onde está a coerência nisso? Calma, meu caro leitor. A coerência está exatamente em relegar a comunicação e ao universo online sua clara, curta e objetiva missão: serem ferramentas de contato, impacto e abertura de conversas com as pessoas. E, também, em alguns casos de extensão dessa conversa. Vou explicar.


A comunicação e a internet (redes sociais, ambiente digital como um todo) são parte da missão e, sim, precisam ser aproveitadas ao máximo em suas características relacionais. Sim! Precisamos tomar proveito da vocação de unir pessoas que as redes sociais nos deram e usar da comunicação (e suas técnicas) para tomarmos para o evangelho o mundo digital todo. Alí também é um campo missionário! MAS, todavia, contudo e etc... Não podemos entender que a internet e as redes sociais são um fim para um relacionamento cristão. Não existe igreja online! Existem manifestações de uma comunidade no ambiente digital com posts, banners, cultos online e etc, mas não dá para ser igreja sem que haja um pouco de contato pessoal, humano. Eu, no bunker e você atrás desta tela de LCD não seremos igreja jamais! Neste contexto, podemos emular quem somos, não nos conheceremos a fundo, não saberemos nossas dores e não teremos a oportunidade de nos abençoar com o cuidado profundo e mútuo. A igreja é o ajuntamento (FÍSICO) de duas ou mais pessoas em nome de Jesus!


Ótimo, Rodrigo. Você falou, falou, falou e falou... Mas o que fazemos se a cultura pós moderna é toda digital.?


Simples: use a internet como campo missionário sabendo e criando ações em que, a partir dela, você crie gatilhos para iniciar uma conversa com alguém que não está na sua comunidade, desenvolva oportunidades de ampliar o conteúdo para os que já são parte do corpo de sua igreja e, não menos importante, amplie a conversa que você começou no domingo. Cobrindo esses três pilares você fará um grande trabalho no ambiente digital tomando proveito do que as redes sociais nos oferecerem de melhor: conexão 24x7 com o mundo todo.


Use e abuse do digital, mas ame, abrace e cuide sem parar!



Photo by Victoria Heath on Unsplash




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