Escrevi em alguns trechos do meu livro essa afirmação que está no título. Parece um contra-senso quando tenho uma consultoria de marketing e comunicação para igreja. Acho que é isso que está passando por sua cabeça, não é?. Mas, é justamente, para propagar essa frase que deixei o mercado secular e tenho me dedicado a ensinar as igrejas que, de fato, não se vende o Evangelho no sentido comercial. O marketing e suas técnicas colaboram para que as igrejas desenvolvam seu conteúdo de modo que ele chegue até os membros, ou potenciais membros (audiência), de forma mais assertiva contribuindo para que as experiências de fé sejam compreendidas, desfrutadas, suportadas, auxiliadas e aprofundadas.
Pensei neste tema depois de ouvir uma entrevista do Pr. Ed René Kivitz onde ele diz que "a questão do produto é um dano para a religião, pois quem compra o produto tem a expectativa que ele funcione. Então essa correspondência entre transformar Deus ou a experiência da fé em algo que atenda a minha expectativa é uma inversão da própria essência da experiência religiosa que é você ser transformado por ela e não você manusea-la conforme o teu interesse. O que eu quero extrair desse produto. É uma contradição de termos transformar a religião ou Deus em produto".
De fato é isso. O Evangelho, Jesus ou a igreja não são um produto, mas entendo que a fé cristã é um destino que precisa ser apresentado de forma coerente, bíblica e com a possibilidade de "experimentação". E é nisso que entendo que o conhecimento de marketing apoia a missão. O marketing tem a capacidade de direcionar, entender, desenvolver e entregar o conteúdo de uma comunidade da forma que, intencionalmente, a mensagem seja melhor compreendida e tenha maior penetração nas comunidades. Não há, na cultura moderna, como não cuidar do conteúdo adequando aos meios disponíveis hoje.
Mas, também, reafirmo com toda a intensidade: o Evangelho não é um produto! Ele é um destino que se apresenta de forma experiencial em um jornada que, ao ser percebida pelas pessoas, gera uma transformação a partir de uma experiência pessoal entre Jesus e um indivíduo.
Não diminua o Evangelho. Não transforme Deus em um ídolo, Não crie personagens maior do que Jesus. Seja usado para transmitir o evangelho de forma verdade e criativa e ponto final.
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