Aglomeração. Igrejas e baladas na mesma direção
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  • Foto do escritorRodrigo Motta, ChurchCOM

Aglomeração. Igrejas e baladas na mesma direção

Me peguei com um tema na garganta há pelo menos duas semanas. E a pergunta que me fez escrever este texto é essa: "qual é a diferença entre uma balada com centenas de pessoas sem máscara e uma igreja lotada com pessoas pulando e cantando em uma conferência com um show de um cantor gospel?". Não passarei pela similaridade que, muitas vezes, no conteúdo também se aproximam, mas vou falar pelo potencial genocida dessa atitude de promover aglomeração. Com um agravante: a balada abre em nome da diversão; as igrejas em nome de Deus.


Quando abrimos em nome de Deus, estamos dizendo que o Deus da vida, da ressurreição e do amor está, lá em cima em seu trono, querendo ver "fogo no parquinho" e buscando o caos, colapso na rede de saúde e ver uma limpeza populacional aqui em baixo, tal qual um dia de paredão do BBB.


Lembre-se, aqui falamos de comunicação. E, apenas olhando para o nosso tema central, analisamos a mensagem. E é essa mensagem que nossas igrejas, resistentes aos atos de fechamento, bélicas em sua linguagem de enfrentamento e bastiãs do enfrentamento a pandemia estão passando ao seu rebanho e, principalmente, aos que estão vendo de fora. É um contra-senso. O Deus amor, todo amor, colocaria seu povo amado - aquele que Ele vai em direção para buscar (como cantamos na música Ousado Amor) - em risco de morte? Será que o Deus onipresente, onisciente e onipotente, como diz o Salmo 139, precisa que nos aglomeremos em um espaço físico para clamar em seu nome? Ou, Ele - que também no Salmo 139 nos diz que nos ama de forma imensurável - nos manteria seguros em oração, também?


Puxando na memória aqui, lembro-me que no início da pandemia, cristãos da Coreia foram os vetores de entrada do vírus naquela país após uma viagem missionária à China, onde garantiam terem curado pessoas e encerrado a disseminação. Por aqui, te garanto que essa nova onda está nessa abertura desregulada do país e, coloco também, a conta em nossas igrejas que abriram de forma irresponsável. Pare e pense se você, sua igreja e seus líderes querem carregar esse peso nas costas de colocar vidas em risco. Pare e reflita se Jesus faria isso ou ele convocaria seu povo a se mover em segurança.


Em resumo, esse desabafo tem uma outra pergunta final.


Por que sua igreja está aberta? Qual a motivação real para isso? Atender e socorrer pessoas são é um ato individual, possível de se fazer sem ajuntamento público? Olhando para o veneno que é a aglomerar, qual a diferença entre uma balada e a igreja?


Em qual Deus você confia?






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